26 de set. de 2008

Famosos vão a eventos do iPhone em busca de telefone grátis

DIÓGENES MUNIZ - Editor de Informática da Folha Online
FELIPE MAIA - da Folha Online

Na esperança de levar para casa um iPhone 3G de graça, dezenas de famosos compareceram ontem (25) aos eventos das operadoras de telefonia móvel para o lançamento do produto da Apple no país. A Vivo realizou um coquetel seguido de jantar no shopping Iguatemi, enquanto a Claro convidou seus VIPs para comes e bebes no Terraço Daslu (ambos na zona sul de SP).

Algumas celebridades voltaram para casa falando no iPhone. Quem não teve a mesma sorte torceu o nariz.

No foyer do Terraço Daslu, ficou difícil distinguir se o evento era de TVs de tela plana ou aparelhos celulares. Havia apenas quatro iPhones 3G disponíveis para "degustação" no ambiente --mesmo número de televisores. Entre segurar o aparelho e se servir de ravioli de mussarela de búfala, os presentes não hesitaram em ficar com a segunda opção. Na festa do Iguatemi, jornalistas e convidados se perguntavam se tinham acertado a festa: ou seja, se estavam naquela que daria celulares grátis.

Cantora Preta Gil compareceu à festa da operadora Vivo no shopping Iguatemi, em São Paulo, em busca de um brinde: iPhone 3G

Cantora Preta Gil compareceu à festa da operadora Vivo no shopping Iguatemi, em São Paulo, em busca de um brinde: iPhone 3G

Também ocorreram eventos do iPhone no Rio e em Brasília.

"E eu lá preciso dessa p... [iPhone 3G]? O meu é esse daqui, ó", disse o apresentador global Chico Pinheiro, exibindo seu BlackBerry. Pinheiro foi um dos primeiros a ir embora do evento da Claro. O jornalista, que chegou a ser barrado na entrada da Daslu, procurou o presidente da operadora, João Cox, para um "desabafo".

No shopping Iguatemi, a cantora Preta Gil dizia que este é o momento certo para ter um iPhone 3G --que custa, a partir de hoje, entre R$ 899 e R$ 2.599 no país. Ela estava com medo ter de comprar a versão anterior do aparelho e precisar desbloqueá-lo. Questionada sobre que modelo --de 8 Gbytes ou 16 Gbytes-- iria comprar, a cantora soltou uma gargalhada. "Comprar? A gente não é hipócrita, né?", disse, confiante no brinde após a festa. "Eu quero o G3", cravou, invertendo as letras da sigla 3G, que indica internet móvel em alta velocidade.

Sacolas em riste, Cazé Peçanha, Sarah Oliveira e Marina Person posam para foto ao lado do presidente da Claro no Terraço Daslu

Sacolas em riste, Cazé Peçanha, Sarah Oliveira e Marina Person posam para foto ao lado do presidente da Claro no Terraço Daslu

Funcionários e ex-funcionários da MTV compareceram em peso ao Terraço Daslu: Sarah Oliveira, Marina Person, Cazé Peçanha, Marco Bianchi, Lobão e Max Fivelinha circularam pela butique de luxo. "Espero que alguém me dê um [iPhone]. Sabe, eu não sou do grupo que pede. Jamais!", disse Fivelinha. "Só espero que não façam sorteio", ponderou o músico Lobão ao lado de Bianchi. O humorista rebateu, comparando o evento a outro tipo de confraternização. "Isso tá parecendo festa de criança, que tem aqueles balões grandes cheios de doce e fica todo mundo louco pra estourar e ganhar alguma coisa", analisou.

Até meia-noite, no entanto, nada de iPhone para quem foi à Daslu. O burburinho era de que a organização daria o celular aos famosos depois do evento, para não interferir nas vendas que começariam ali mesmo. Questionado, o presidente da Claro desconversou. "Pode ter tido um ou dois famosos que ganharam o iPhone, mas essa não é a nossa prática", disse.

Dizendo-se uma "macmaníaca", a cantora Zélia Duncan admitiu não ter conseguido esperar: ela usa um iPhone desbloqueado há "vários meses", assim como "a metade do Brasil". Ganhou o aparelho, da antiga geração, de um amigo e resolveu desbloquear. "Vou ganhar um iPhone 3G hoje, tudo indica", disse a artista, durante o coquetel no shopping Iguatemi --o aparelho viria mais tarde, "servido" entre os pratos do jantar.

O tema do desbloqueio, entretanto, mostrou-se traumático para alguns artistas. Depois que o marido, Rodrigo Hilbert, contou que Fernanda Lima usa o celular para tirar fotos dos filhos e mandar por e-mail, a apresentadora se negou a dizer como conseguiu o telefone. "Não posso falar nada. Tenho medo de falar. Não sei nem se é algo ilegal. Pula essa [pergunta]", disse. Depois, mais calma, confessou ao pé de ouvido do repórter que comprou o celular em um site de leilões na internet.

Presidente da Claro, João Cox, conversa com o apresentador Chico Pinheiro enquanto é observado pela arquiteta Bya Barros, na Daslu

Presidente da Claro, João Cox, conversa com o apresentador Chico Pinheiro enquanto é observado pela arquiteta Bya Barros, na Daslu

O repórter Rafael Cortez, do programa "CQC", da Band, fez a linha "desencanado com a tecnologia". "Meu celular é f..., do tempo das cavernas", disse, mostrando um aparelho Nokia cheio de riscos. Comprou o primeiro computador apenas em março do ano passado, relata, mas agora não consegue "ficar em um lugar sem acesso à internet". E planeja usar mais produtos tecnológicos a partir da "evolução financeira" que está conseguindo agora no "CQC".

Mesmo com ampla divulgação na mídia sobre as funcionalidades do iPhone e a iminência de ganhar um aparelho, participantes da festa do Iguatemi pareciam desconhecer as reais funções do celular. "Eu quero ver os Jetsons", animou-se a atriz Taís Araújo. "Como assim, os Jetsons?", questionou o repórter. "Você não lembra do desenho, em que eles viam as pessoas enquanto estavam conversando?", retrucou a artista, completando: "Me disseram que o aparelho tem uma câmera incrível." Não tem. A câmera do telefone da Apple registra imagens em 2.0 megapixels --resolução baixíssima perto dos concorrentes Samsung, Nokia e LG.

Rafael Cortez, do programa

Rafael Cortez, do programa "CQC" (Band), exibe resignado seu velho celular durante festa de lançamento do iPhone 3G no Iguatemi.

Marqueteiros da Vivo e da Claro tiveram a mesma idéia para emplacar notinhas na imprensa: à meia-noite, entregaram um iPhone 3G àquele que seria o primeiro comprador oficial do produto no país. No evento da Claro, na Daslu, uma mulher subiu ao palco para receber o produto das mãos do apresentador Marcelo Tas. O anúncio da concorrente foi feito em uma loja real da Vivo, em outro shopping da zona Sul, o Cidade Jardim. O presidente da operadora, Roberto Lima, apareceu em um tablado improvisado para avisar que um médico ginecologista era o "primeiro comprador".

É algo assustador o que acontece nesse país.

O bando de otários que foi nessa porra de festa só para tentar levar na faixa um celular que se pode comprar por menos da metade do preço que será vendido no país.

Aquela velha história de quanto mais se ganha, menos se gasta parece que nunca sai de moda.

Agora, o pior não é o bando de otários nas festas, e sim o bando de otários consumidores que já fizeram o cadastro antecipadamente para comprar essa merda de aparelho que nem envia MMS para você ter uma idéia.

Acoooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrddddddddddddddeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.

12 de set. de 2008

BSOD Repeatedly Strikes Nine Inch Nails Concerts

BSODs have been plaguing NIN on their current tour. In fact, one has been popping up on the giant display behind them at just about every concert. So what's the deal? Will Trent be forced to fire his tech guy? Hardly. The truth is that it is all part of the act. The BSOD pops up for a split second near the end of the song The Great Destroyer, and there are videos after the break from two separate concerts to prove it. We all know Trent is a Mac man—so this is obviously a subliminal jab at Windows. I'm sure the nerds in the audience get a kick out of it.