Texto retirado do site No Minimo. Não quero comentar nada sobre isso, quem ler, tambem sentirá que o fim desse país está próximo.
"Tão nocivo quanto o problema da desigualdade, só o mito da igualdade. Em nome dele, os guardiões da ética perseguem o pacto nacional da mediocridade. Já diziam os líderes do MST: não basta distribuir a terra, é preciso punir os fazendeiros. É nessa linha que a classe média, coitada, que mora num conjugado em Copacabana e é chamada de “rica” pelas estatísticas, vai sendo enforcada por uma carga de impostos cada vez mais absurda, que a impede de consumir e aquecer a economia – tudo em nome da “igualdade”. O Ipea está comemorando “uma significativa redução na desigualdade de renda no Brasil” entre 2001 e 2005. O índice de Gini caiu 4,6%. É claro que, hoje em dia, esse tipo de informação sai do governo como press release do Bolsa Família. Chato é constatar que parte dessa “melhoria social” deve-se ao esfolamento dos 10% mais ricos, cuja renda caiu no mesmo período – lembrando que, no Brasil, o sujeito que ganha 2 mil reais por mês é considerado “mais rico”. Ou seja: chegaremos ao paraíso no dia em que todos os brasileiros estiverem descalços na esquina pedindo trocado para carros imaginários."