Arnild Van de Velde
De Amsterdã, Holanda
Um estudo publicado por diretores do Programa de Energia da Clingendael International (CIEP, sigla em inglês) antecipa a anunciada crise do petróleo em cinco anos. Não em 2015, mas já em 2010, diz o relatório, os primeiros efeitos de sua escassez se farão notar. A empresa holandesa é um instituto de relações internacionais com reconhecidos trabalhos nas áreas de pesquisa, capacitação e informação. Nos Países Baixos, o CIEP é endossado por órgãos do governo e grupos empresariais de grande porte.
Em 2010, diz o estudo, a produção mundial soferá uma baixa de 7 a 11 milhões de barris/dia. A quantidade corresponderia a dois terços do consumo diário, só nos Estados Unidos. O estudo contesta também uma previsão do banco de investimentos Goldman Sachs. Baseando-se em determinadas condições até 2015, o banco estimou o preço do barril, já em 2009, entre US$200 e US$250. Os autores do relatório da Clingendael prevêem contudo que o custo do barril não deve superar US$110, no primeiro ano da crise (segundo eles, 2010), ou seja uma queda de quase 50% em doze meses.
Em entrevista a Terra Magazine, a diretora da CIEP, Coby van der Linde, esboça o cenário que prevê e comenta a importância da Rússia - um parceiro econômico ainda visto com alguma reserva pelos vizinhos europeus - na crise. Otimistas, empresas do setor confiam no próprio empenho em pesquisa e extração. Estes investimentos, diz Coby van der Linde, " são caminhos que, me parece, o Brasil está sabendo explorar".
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