31 de jan. de 2008

Funcionário do IBGE sacou R$ 96 mil com cartão


Um dos recordistas em gastos com os cartões corporativos do governo federal é um funcionário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
Luiz Carlos Estevam Foglia gastou exatamente R$ 98.226,78 durante o exercício de 2007.
Desse valor, R$ 96.243,00 - o equivalente a 98% - foram sacados em dinheiro, em terminais de auto-atendimento do Banco do Brasil. Essa função também é permitida no cartão corporativo.
Só no dia 25 de julho de 2007, Luiz Foglia realizou 10 saques, de R$ 1 mil cada um. Em todo o mês de julho, foram R$ 52.420,00 sacados em dinheiro.
Procurado por Terra Magazine, o funcionário não foi localizado.
Ele está de férias e não foi encontrado em sua residência. O gerente de agências interino do IBGE - o titular também está de férias -, Reinaldo Apolinário, diz que as despesas foram autorizadas pelo órgão:
- Em 2007, o IBGE realizou um censo e um agrocensopecuário. Foi contratado um número grande de servidores e tivemos despesas grandes. É a forma que nós temos de pegar esse dinheiro.
O cartão corporativo - cujo nome técnico é Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) - é regulado pelo Decreto número 5.355, assinado em 25 de janeiro de 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um decreto vago. Diz, por exemplo, o parágrafo único do artigo 1º:
"O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gestora (...) utilizado exclusivamente pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da autoridade competente, respeitados os limites deste Decreto"
Ou seja, a regulamentação sobre o uso dos cartões cabe à "unidade gestora" - nesse caso, o próprio IBGE. Também o gestor é responsável por definir o limite de uso e de valor das movimentações feitas com o cartão.
No caso do funcionário de Presidente Prudente, Apolinário diz que os saques, que incluíam despesas com pessoal, eram a alternativa adequada para cobrir as despesas. Ainda que a recomendação do próprio governo federal seja de uso em casos de extrema necessidade:
- Para as despesas que nós fomos obrigados a fazer durante essa campanha censitária, era necessário fazer na modalidade de saque de dinheiro. É uma maneira permitida para ser feita. Isso é perfeitamente possível. É a maneira que nós tínhamos que fazer. - alega o gerente de agências interino.
A farra dos cartões
A polêmica dos cartões corporativos começou após a revelação de que a ministra da Igualdade Social, Matilde Ribeiro, pagou R$ 461,16 em um free shop com o cartão corporativo. Ela diz que foi um erro e que o valor já foi devolvido aos cofres públicos.
A Controladoria Geral da União deve investigar o uso dessa forma de pagamento em pelo menos mais dois ministérios. Altemir Gregolin, ministro da Pesca, também gastou R$ 222,85 em alimentação em restaurantes do Rio de Janeiro. Orlando Silva, do Esporte, chegou a pagar R$ 8,30 em um tapiocaria de Brasília.


Guardem bem esse nome: Luiz Carlos Estevam Foglia. Esse filho da puta vai servir de otário.
Vão acabar com a vida dele para dar exemplo e os outros milhares que fazem o mesmo ?
Onde estão ?
Essa entra para a nossa famosa série: O Fim está Próximo.
Oh país de filhos da puta, país das barbaridades, PQP mais uma vez.

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