22 de jan. de 2008

Counter Strike no Brasil

A EA (Electronic Arts) informou nesta terça-feira (22) que suspendeu as vendas no Brasil dos jogos Counter Strike Source e Counter Strike Antology. A medida foi tomada em função de uma decisão judicial que proibiu a venda e a distribuição dos jogos no país.
A venda dos jogos Counter Strike e EverQuest --que não é comercializado oficialmente no Brasil-- foi proibida em todo território nacional. A decisão, tomada por um juiz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais em outubro, começou a ser cumprida só na última quinta-feira (17), em Goiás, pelo Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).Em nota, a empresa, distribuidora oficial dos jogos no país, pede que os comerciantes tirem os jogos das prateleiras e os mantenham estocados "até nova instrução".
De acordo com a EA, a medida tem "caráter apenas preventivo", para evitar possíveis problemas com órgãos de defesa do consumidor. Isso porque a empresa não foi citada na ação judicial, proferida pelo juíz Carlos Alberto Simões de Tomaz, e também não foi notificada sobre a proibição.A EA informa que "está adotando todas as medidas legais cabíveis" e que "espera no curto prazo reverter a situação e retomar a comercialização normal dos produtos".
Tanto Counter-Strike quanto Everquest não são novos no mercado. O primeiro é um dos mais populares games da história dos jogos para computador. Surgiu como "filhote" de outro game, o Half-Life, no final da década de 90. Sua trama divide os jogadores em equipes (terroristas X antiterroristas, por exemplo). É preciso eliminar os adversários à bala.
Apesar de ser menos conhecido, Everquest é considerado um clássico. Nos moldes do RPG ("role playing game"), o jogo on-line que se passa num mundo fictício com ares de Idade Média. Uma partida abriga centenas de pessoas de uma vez em disputas quase sem fim. Para o juiz, os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".
Diante disso, a Justiça proibiu a distribuição e comercialização de "livros, encartes, revistas, CD-ROM, fitas de videogame (sic) ou computador" desses jogos. A multa para a infração é de R$ 5.000.
Entretanto, como a Justiça não proibiu o uso dos jogos --apenas a comercialização--, as lan houses não estão obrigadas a deletá-los
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O fim está próximo mais uma vez.
Será que o juiz não tem mais nada para fazer ?

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